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Nov
Da Assessoria
Representantes do setor agropecuário destacaram a importância da missão para China e Índia, realizada entre 03 e 16 de novembro, junto com a comitiva do governador Mauro Mendes, durante reunião com o Sindicato Rural de Cuiabá e a Associação dos Criadores Nelore de Mato Grosso (ACNMT), na noite desta segunda-feira (27), em Cuiabá.
Para Vilmondes Tomain, presidente do Sistema Famato, a China é um país que possui economia consolidada e com forte interesse em estabelecer novos negócios com o agro. “Todas as reuniões que tivemos com os chefes-estados, entre elas de Hainan, o que mais foi falado era a questão do agronegócio. Você vê que o foco está voltado para a aquisição dos nossos produtos, garantindo assim a segurança alimentar deles”.
Ele explicou que na região de Hainan está sendo construída a nova zona livre de comércio chinês, com toda a infraestrutura, e que ali vai ser um centro de transformação de produtos, principalmente do agro. Esse investimento visa agregar valor ao que é distribuído para a própria China e aos países que acompanham a Ásia.
“Sem dúvida, é uma grande oportunidade para nós brasileiros, quando falamos em produto primário, que é o produto do agronegócio, como soja, milho e carne, que eles demandam muita. Hoje, a China está aprendendo a comer carne, inclusive fomos a algumas churrascarias por lá, ou seja, os chineses aceitam muito bem a nossa proteína animal”, frisou Tomain.
O diretor de Relações Institucionais da ABCZ, Jorge Pires, disse que a missão, juntamente com a Apex do Brasil, foi de extrema relevância tendo em vista que a genética base zebuína do Brasil é originária da Índia. “Há 60, 70 anos, tivemos a importação de animais vivos pela primeira vez, com predominância aneloreo, o que revolucionou a pecuária brasileira”.
Pires explicou que, durante a viagem, houve oportunidades de mostrar ao povo indiano a evolução obtida na genética brasileira. “O Brasil já exporta tanto embriões quanto sêmen para a Índia, então, fomos convidados pelo governo indiano, como instituição, para fazer intercâmbio de toda essa tecnologia. Além disso, iniciou-se uma negociação entre os governos brasileiro e indiano para exportação de animais em pé”.
Na avaliação do pecuarista, o mercado indiano pode contribuir para chancelar a pecuária brasileira, já que a partir da habilitação da Índia será possível alcançar outros mercados, valorizando cada vez mais os animais mato-grossenses. “Temos que agregar cada vez mais rentabilidade ao nosso produtor e a exportação sem dúvida vai abrir novas possibilidades e fortalecer todo trabalho que temos feito de melhoria genético do rebanho”.
O vice-presidente da Nelore-MT, Cleber Roberto Lemes Filho (Teto Lemes), reforçou a importância da união entre as entidades em prol do fortalecimento da cadeia produtiva, sobretudo da pecuária que nos últimos anos vem enfrentando adversidades. “Estamos de portas abertas para receber nossos associados, parceiros e amigos, para tratar de temas importantes como este”, avaliou.
Celso Nogueira, presidente do Sindicato Rural de Cuiabá, destacou o papel das entidades no processo de fortalecimento do agronegócio em Mato Grosso. “O associativismo é fundamental para que possamos levar informações e produtores de todos os municípios do interior, a união realmente faz a força”, disse.
(Rose Domingues Reis – Assessoria ACNMT)